30 junho 2009

Olga Maria Almeida - Alimentação do Hipertenso

0 - Introdução

O trabalho que estou a pesquisar foi pedido no âmbito do módulo de avaliação; alimentação da pessoa idosa em lares e centros de dias curso de geriatria B 3.

Escolhi este tema porque é bastante importante e não se tem dado divulgação nenhuma e escolhendo este tema procuro adquirir outros objectivos e ter mais conhecimento nesta área uma vez que estou na formação de geriatria.

A hipertensão é uma doença crónica pela elevação da pressão arterial igual ou acima de 140/90 (14 por 9) quando vista e medida em horários diferentes do dia. Com o avanço da idade a pressão arterial tem tendência de aumentar, e o objectivo é manter níveis baixos de 140/90. Os estudos demonstraram que cerca de 65% dos idosos são hipertensos e que controlando a doença reduz os ataques cardíacos e os derrames celebrais na população idosos.


1 - A Hipertensão e a Alimentação

A saúde começa na cozinha, mais do que possa pensar. Os três aspectos principais para uma boa saúde cardiovascular (hipertensão, colesterol e diabetes) podem ser controlados à mesa.

“Um estudo recente mostra que 42% dos portugueses, com mais de 18 anos, têm hipertensão. De facto, este número é assustador e torna-se uma prioridade alterar esta percentagem. Praticar uma alimentação saudável é, sem dúvida, o primeiro passo na redução ou no controlo da tensão arterial.”

O consumo elevado de sal é um dos nossos principais erros alimentares. Sendo assim, o primeiro passo é reduzir a adição de sal, utilizando medidas, como por exemplo colheres de café. Desta forma, podemos contabilizar o sal que adiciona. Para fazer face a essa redução ou até abolição do sal pode-se optarmos por usar as ervas aromáticas e as especiarias. Ao usá-las realça o sabor dos alimentos, sem precisar de abusar no sal para lhes dar sabor.
Para além do sal utilizado na confecção, convém não esquecer que existem alimentos que na sua composição já contêm quantidades apreciáveis de sal, como por exemplo, os enchidos e fumados, o queijo, entre muitos outros. Estes alimentos devem ser consumidos com moderação.
Ter peso a mais, ou ser obeso, é também um factor que contribui para a hipertensão. Controle o seu peso e, se tiver necessidade, reduza os quilos que tem a mais. Verá que os valores da tensão arterial acompanham geralmente a descida do peso.


O dia-a-dia saudável…

 Logo de manhã comece por fazer um pequeno-almoço saudável.

 Os vegetais e a fruta ajudam a fortalecer as nossas defesas e a prevenir o envelhecimento precoce, por isso, utilize-os todos os dias.

 O arroz, a massa e o pão são importantes fontes de amido e dão-nos saciedade, sem fornecerem demasiadas calorias. Sempre que possível escolha as variedades de cereais menos refinadas e mais escuras.

 Privilegie o peixe e a carne de aves. Use, mas não abuse dos ovos. As gemas são uma fonte riquíssima em colesterol. Pelo menos uma vez por semana ingira leguminosas, como o feijão, grão ou lentilhas.


2 - A Hipertensão e o exercício físico

O exercício físico reduz a ansiedade, a tensão muscular, ajuda no controle da pressão alta e, principalmente, reduz os riscos de suas complicações cardiovasculares. No lidar de uma situação de stress psicológico quem faz exercícios regulares responde com menor aumento da pressão e da frequência cardíaca do que quem não faz.

O programa de actividade física deve estar associado a dieta adequada. Os exercícios mais indicados são os aeróbios, que utilizam grandes quantidades de oxigénio, colocam em acção grandes grupos musculares. São realizados de forma cíclica, com baixa intensidade e por tempo prolongado. São exemplos de exercícios aeróbios: A corrida, a dança, a caminhada, a natação, o andar de bicicleta, entre outros.

Não há idade para se começar, mesmo que você tenha sido sedentário por toda a vida. Nunca é demasiado tarde para se aproveitar dos benefícios do exercício.


3 - Tratamento

Tratamento farmacológico

Em teoria, qualquer pessoa com hipertensão arterial pode conseguir controlar-se dado que se dispõe de uma ampla variedade de fármacos, mas o tratamento tem de ser individualizado. Além disso, é mais eficaz quando ambos, doente e médico, têm uma boa comunicação e colaboram com o programa de tratamento.

Os especialistas não se puseram de acordo sobre quanto se deve diminuir a pressão arterial durante o tratamento ou sobre quando e quanto se deve tratar a hipertensão no estádio 1 (ligeira). Mas há, na verdade, um acordo geral sobre o facto de que, quanto mais elevada for a pressão arterial, maiores serão os riscos (inclusive quando os níveis se encontram dentro da escala normal). Por isso, alguns especialistas sublinham que qualquer aumento, mesmo pequeno, deve ser tratado e que quanto mais se conseguir fazer descer a pressão, melhor. Em contrapartida, outros sustentam que o tratamento da pressão arterial abaixo de um certo nível pode fazer aumentar os riscos de enfarte e de morte súbita em vez de reduzi-los, sobretudo no caso de doença das artérias coronárias.

Diversos tipos de fármacos reduzem a pressão arterial através de mecanismos diferentes. Por isso, alguns médicos costumam utilizar um tratamento escalonado. Inicia-se com um fármaco ao qual se juntam outros quando for necessário. Também se pode efectuar uma aproximação sequencial: prescreve-se um fármaco e, se não for eficaz, interrompe-se e administra-se outro. Ao escolher um fármaco, consideram-se factores como: a idade, o sexo e a etnia do doente, o grau de gravidade da hipertensão, a presença de outras perturbações, como diabetes ou valores elevados de colesterol, os efeitos secundários prováveis (que variam de um fármaco para outro) e os custos dos fármacos e das análises necessárias para controlar a sua segurança.

Habitualmente, os doentes toleram bem os fármacos anti-hipertensivos que se lhes prescrevem. Mas qualquer fármaco anti-hipertensivo pode provocar efeitos secundários. Deste modo, se estes aparecerem, dever-se-á informar disso o médico para que ajuste a dose ou mude o fármaco.


3.1 - Tratamento da hipertensão secundária

O tratamento da hipertensão secundária depende da causa do aumento da pressão arterial. O tratamento de uma doença renal pode, por vezes, normalizar a pressão arterial ou ao menos reduzi-la, de modo que neste último caso o tratamento farmacológico seja mais eficaz. Uma artéria obstruída que chega ao rim pode dilatar-se através da inserção de um cateter com um balão que depois se enche. Também pode solucionar-se através de uma cirurgia derivativa do segmento estreitado; este tipo de cirurgia cura, com frequência, a hipertensão. Os tumores que provocam a hipertensão arterial, como os feocromocitomas, geralmente podem extirpar-se cirurgicamente.


4 - Conclusão

Em suma, a hipertensão é uma tensão ou pressão muito elevada nas artérias.
Esta elevação anormal da pressão é muitas vezes permanente. A hipertensão é uma doença grave e frequente que pode levar a sérios problemas (crise cardíaca, AVC, problemas renais...) quando não é correctamente tratada.
Uma alimentação saudável aliada à prática de exercício físico é um passo importante para a sua prevenção.
Porém, sempre que haja sinal de Hipertensão, deve consultar-se o médico, uma vez que, para além da dieta, é possível que tenha necessidade de outros cuidados, e devemo-nos lembrar sempre que a hipertensão sem controlo médico pode, resultar, a longo prazo, num grave problema de saúde. Pois esta doença desenvolve-se lenta e silenciosamente, e é isso que a torna perigosa.


5 - Referências

http://www.creasaude.com/saude/hipertensao/hipertensao-definicao.htm
http://www.conhecersaude.com/dietas/3048-Dieta-para-doentes-com-hipertenso-arterial.html
http://saude.sapo.pt/prevenir/artigos/geral/alimentacao/ver.html?id=811495
http://pt.wikipedia.org/wiki/Hipertens%C3%A3o_arterial
http://www.lakotaherbs.com/images/exercise.jpg