30 junho 2009

Cármen Araujo - RESTRIÇÕES DIETÉTICAS E CONDICIONANTES FÍSICAS DA PESSOA IDOSA: DIABETES

0 - INTRODUÇÃO

Com a realização deste trabalho sobre a doença diabetes, pretendo aumentar os meus conhecimentos sobre a mesma.
Este trabalho foi pedido no âmbito da avaliação do Módulo “Alimentação da pessoa idosa em lares e centro de dia”.
Escolhi este tema porque acho que é um tema com bastante importância, ao qual não se tem dado a devida relevância nem divulgação.
Para termos uma alimentação equilibrada com todos os nutrientes necessários para a manutenção da saúde, é preciso variar em todos os tipos de alimentos, consumindo-os com moderação. Mas, será possível hoje em dia, ter uma alimentação equilibrada, saudável e “a horas”, com todo o stress e ritmo de vida que a maior parte das pessoas leva hoje em dia?
Teremos nós consciência da influência que o ritmo de vida que a maior parte das pessoas leva, a má alimentação, etc., tem na nossa vida futura? Os problemas que isto pode causar são inúmeros e a doença Diabetes Mellitus poderá ser uma dessas consequências.
O principal objectivo deste estudo é a aquisição de mais conhecimentos sobre a diabetes, uma vez que estou a fazer formação em geriatria.



1 - Diabetes

1.1 - O que é a Diabetes?
A Diabetes mellitus é uma doença metabólica provocada pela deficiência de produção e/ou de acção da insulina. O distúrbio envolve o metabolismo da glicose, das gorduras e das proteínas e tem graves consequências tanto quando surge rapidamente como quando se instala lentamente. A glicose é a principal fonte de energia do organismo, mas quando em excesso, pode trazer várias complicações à saúde.
Esta perturbação tem 2 formas distintas e por isso há 2 tipos de diabetes: o tipo I, que se chama vulgarmente de diabetes insulino-dependente e tipo II, que por sua vez se denominam vulgarmente de não insulino-dependente. Há ainda outro tipo de diabetes, quando existe um quadro associado a desordens genéticas, infecções, doenças pancreáticas, uso de medicamentos, drogas ou outras doenças endócrinas e ainda a diabetes gestacional na qual a doença é diagnosticada durante a gestação, em paciente sem aumento prévio da glicose.
1.2 - Definição e diferenças entre a diabetes tipo I e tipo II.

Na diabetes tipo I, o que acontece é uma falta de insulina, de forma que o funcionamento normal da insulina não acontece. A causa para a falta de insulina é uma lesão nas células do pâncreas que a produzem. Geralmente essa lesão dá-se porque o sistema imunitário do indivíduo reage contra essas células, destruindo-as.
A insulina é sempre necessária no tratamento do Diabetes Tipo 1, e seu uso deve ser iniciado imediatamente após o diagnóstico.
As necessidades diárias de insulina variam de acordo com a idade, rotina diária, padrão alimentar e sobretudo, a presença ou não de alguma secreção residual de insulina pelas células ß (beta) pancreáticas.

Tipos de Insulina:
• Regular: também chamada de insulina de acção rápida. Seu início de acção vai de 30 minutos a uma hora, o pico máximo da actividade ocorre de 2 a 3 horas depois e a duração da acção vai de 4 a 6 horas.
• NPH: é a insulina de acção intermediária. Inicia sua acção em 30 minutos a uma hora e meia, com pico máximo de acção em 4 a 7 horas, podendo a duração alcançar 14 a 18 horas após a aplicação.
Na diabetes tipo II, as células não respondem ou respondem mal à insulina. Normalmente existe uma predisposição genética para essa resistência (por isso é que é mais provável desenvolver diabetes se tiver um ou mais diabéticos na família).
1.3 - Como se desenvolve?
No tipo I, a causa básica é uma doença auto-imune que lesiona irreversivelmente as células pancreáticas produtoras de insulina.
No tipo II, ocorrem diversos mecanismos de resistência à acção da insulina, sendo o principal deles a obesidade, que está presente na maioria dos pacientes.
Nos pacientes com outras formas de diabetes, o que ocorre em geral é uma lesão anatómica do pâncreas, decorrente de diversas agressões tóxicas seja por álcool, drogas, medicamentos ou infecções, entre outras.

1.4 - Os sintomas:
Apesar dos sintomas, muitas pessoas adultas têm diabetes e não sabem.

Diabetes Tipo I:
- Aumento do número de vezes de urinar
- Sede excessiva
- Excesso de fome
- Perda rápida de peso
- Fadiga, cansaço e desânimo
- Irritabilidade
O Diabetes Tipo II apresenta os seguintes sintomas:
Pode apresentar os mesmos sintomas que o Diabetes Tipo I, frequentemente menos intenso e ainda:
- Infecções frequentes;
- Alteração visual;
- Dificuldade na cicatrização de feridas;
- Formigueiro nos pés.
1.5 - Como é feito o diagnóstico?
Este é feito através da confirmação dos sinais e sintomas clássicos, da glicemia em jejum (exame de sangue onde são verificadas as taxas de glicose no sangue) e o teste padronizado de tolerância à glicose.


1.6 - Prevenção da doença:
As pessoas susceptíveis podem evitar a diabetes fazendo uma alimentação adequada com poucas gorduras / muitas fibras / poucas calorias; emagrecendo sempre que necessário, de preferência no âmbito de um programa de controlo do peso; aumentando o exercício físico e fazendo análises regulares dos níveis de glicose no sangue, especialmente as pessoas em maior risco de vir a ter a doença como acontece com:
 Pessoas com excesso de peso;
 Pessoas com má alimentação ou falta de exercício;
 Pessoas com idade superior a 45 anos;
 Pessoas com história familiar de diabetes;
 Idosos;
 Pessoas que tomam determinados medicamentos.

1.7 - Possíveis complicações da Diabetes:
Quando não tratada adequadamente, causa doenças e algumas complicações como lesões dos pequenos vasos sanguíneos, lesões dos grandes vasos sanguíneos, hipertensão arterial, doença coronária, cerebral e dos membros inferiores, disfunção sexual, infecções, etc.

1.8 - O que é que o diabético pode fazer para evitar estas complicações?
O diabético deve evitar a existência de hiperglicémia. Para isso tem de:
 Seguir o tratamento medicamentoso que o médico lhe aconselhar
 Fazer dieta com:
REDUÇÃO de:
 Açucares
 Gorduras saturadas, principalmente gorduras animais
 Sal

AUMENTO de:
 Hidratos de carbono
 Fibras
 Legumes e frutas
 Peixe

 Reduzir o álcool
 Eliminar o tabaco
 Fazer exercício físico
 Perder peso se o tem em excesso
 Combater o stress

1.9 - Existe cura para a Diabetes?
Não há uma cura definitiva para a Diabetes, mas há vários tratamentos disponíveis que, quando seguidos de forma regular, proporcionam saúde e qualidade de vida para o paciente portador.

2 - CONCLUSÃO

Pelo trabalho realizado verifiquei que o estilo de vida que levamos hoje, poderá ter consequências no amanhã. A doença diabetes poderá ser uma dessas consequências que trará ainda outras complicações. Desde o cuidado com a alimentação que temos, à prática de exercício físico. As análises de rotina bem como o rastreio da doença devem ser feitos regularmente para assim o ser humana conseguir levar uma vida saudável e equilibrada.
Este estudo foi bem desenvolvido já que tive facilidade em encontrar informação e foi muito boa esta pesquisa já que quem trabalha com os idosos nunca tem conhecimentos a mais e é sempre bom adquirir e aprofundar mais conhecimentos.


3 - Referências

http://www.orientacoesmedicas.com.br/diabetes_insulina-uso-e-controle.asp
http://vidasaudavel.powerminas.com/saiba-o-que-e-diabetes-sintomas-e-diagnostico/
http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?127
http://www.apdp.pt/complicacoes.asp
http://www.roche.pt/portugal/index.cfm/saude/diabetes/